A displasia coxofemoral canina é uma doença bastante comum, sendo caracterizada por uma má formação ou degeneração da conexão entre a cabeça do fêmur e osso que o une ao quadril.
Essa degeneração afeta a mobilidade do cão, podendo provocar dores na região do quadril, manqueira, artroses, atrofia muscular e, dependendo do grau de severidade da doença, o animal pode até sofrer com paralisias.
A displasia coxofemoral pode ser classificada por graus de severidade, tendo o Grau A (articulação coxofemoral normal), Grau B (articulações próximas do normal), Grau C (displasia coxofemoral leve), Grau D (displasia coxofemoral moderada) e Grau E (displasia coxofemoral grave).
Embora seja uma doença hereditária, ela também pode ser agravada de acordo com o ambiente em que o cão vive. Alguns fatores podem acelerar seu aparecimento e progressão, como pisos lisos, sobrepeso (obesidade), sedentarismo e atividades físicas em excesso.
A displasia coxofemoral pode afetar, na maioria dos casos, cães de grande porte como Golden Retriever, Rottweiler, Labrador, Pastor Belga, Pastor Alemão, São-Bernardo e Pitbull, mas também pode atingir cães de pequeno porte, como o Buldogue Francês.
Normalmente os sintomas aparecem entre 04 e 12 meses de idade, mas alguns cães podem apresentar os sintomas entre 04 e 06 anos de idade, evidenciando um quadro de artrose associado à doença.
Como resultado, cães que sofrem com a displasia apresentam muita dor e dificuldade para caminhar, o que afeta a sua qualidade de vida. Entre seus principais sintomas estão:
- Claudicação (cãibra);
- Andar rebolante ou enrijecido;
- Perda muscular nos membros pélvicos;
- Dor na manipulação do quadril;
- Apatia e perda de interesse em passeios;
- Quedas repetinas;
- Dificuldade de locomoção (em casos mais avançados, o cão pode inclusive parar de andar, embora consiga mexer as patas).
Quando a doença avança e não é tratada, os sintomas podem ser mais intensos e frequentes, fazendo com que o cão evite inclusive atividades normais de rotina, como sentar, deitar e levantar. Seu andar fica incomum e acaba desenvolvendo uma musculatura desproporcional por jogar todo o esforço para um lado do corpo em que não sofra tanto com a dor.
Apesar de não ter cura, existem diversos tratamentos que buscam minimizar a dor e o incômodo; sempre de acordo com o grau de desconforto, a idade e outras possíveis severidades clínicas do cão. Atualmente o tratamento mais indicado é a reabilitação e deve envolver terapias múltiplas, como a prática de fisioterapia, hidroterapia (natação), acupuntura, massoterapia e suporte analgésico.
Além disso, é importante promover mudanças na rotina do cão e preparar a casa para ele. Entre as recomendações mais frequentes estão:
- Alteração dos hábitos alimentares, para perda de peso;
- Uso de pisos antiderrapantes;
- Disponibilizar escadas ou rampas para o cão acessar locais mais altos, como o sofá e a cama;
- Suplementação com condroprotetores (medicações indicadas em casos de artrose);
- E, em casos muito graves, procedimentos cirúrgicos.
Portanto não se esqueça de realizar check-ups regulares e, ao perceber qualquer mudança nos hábitos e no comportamento de seu cãozinho, leve-o imediatamente ao veterinário!
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